Aplicação para meter os miúdos a mexer

Recreio

Durante o confinamento foi difícil arranjar actividades que colocassem a minha filha a mexer-se. As aulas de Educação Física online foram praticamente nulas. Quando conheci a app   Sworkit Kids percebi imediatamente a potencialidade da utilização dessa aplicação não só em casa mas também em sala de aula.

É uma excelente ferramenta de apoio para pais, educadores ou professores colocarem as suas crianças a exercitarem-se, quando não é possível realizar exercício físico ao ar-livre.

Ao contrário da versão para adultos, a aplicação Sworkit Kids é totalmente gratuita.

Esta aplicação está disponível para telemóvel, mas, a grande vantagem é que também é possível aceder no seu navegador de internet através da ligação https://app.sworkit.com/collections/kids-workouts.

A aplicação Sworkit Kids fornece um conjunto de instruções para actividades físicas. As actividades estão pensadas de modo a que possam ser realizadas em espaços pequenos, em casa ou na escola.  Essas atividades são ótimas para pequenas pausas cerebrais ou para tirar um pouco da energia acumulada a meio de uma longa aula.

Os exercícios estão agrupados em diversas categorias, umas por tipo de actividade outras por faixa etária. Assim, a aplicação disponibiliza exercícios de força, agilidade, relaxamento, yoga, etc..

Estes exercícios estão, por sua vez, agrupados de forma adequada a um grupo etário. Por exemplo, os grupos etários dos 4 aos 7 anos, dos 7 aos 11 anos, dos 11 anos aos 15 anos. Finalmente, temos o grupo etário dos 15 aos 18 anos (ver imagem abaixo).

Sworkit Kids Print Screen
Categorias da aplicação Sworkit Kids.

Depois de selecionar uma categoria, pode escolher a duração da atividade. Após fazer essas duas seleções, o Sworkit Kids  faz a demonstração do movimento físico a ser realizado. Cada exercício é demonstrado por uma criança na faixa etária desejada, de maneira clara e completa. Os alunos têm tempo para aprender um novo exercício antes de tentarem eles próprios. Finalmente, a aplicação realiza uma contagem regressiva para realizar o exercício.

Como pode ser útil para Professores?

Como referi anteriormente, a actividade física é óptima para descansar a cabeça ou para tirar um pouco da energia acumulada a meio de uma longa aula. O professor pode usar a aplicação para definir um conjunto de actividades físicas de curta duração a realizar pelos alunos.

Semelhantemente, a aplicação é útil para os alunos que estão em casa devido ao COVID-19 e precisam de fazer uma pausa para descansar das longas sessões de Zoom ou Google Meet. Considerem usá-la na transição entre dois assuntos ou tarefas.

Igualmente, a Sworkit Kids pode ser uma excelente ferramenta para os professores de Educação Física usarem nas suas aulas online. Os  treinos podem ser personalizados pelo professor para se enquadrar no perfil da turma.

Concluindo, Sworkit Kids é uma excelente aplicação para colocar as nossas crianças a mexerem-se mas sem esquecer que não há nada que substitua o exercício físico ao ar-livre ou na natureza.

7 dicas na comunicação entre pais e professores, nesta era digital

A comunicação entre pais e professores mudou desde que éramos crianças. E-mails, aplicações e  mensagens de texto tornaram muito mais fácil manter contato.

Aqui está o que pode fazer para promover uma excelente comunicação entre pais e professores nesta era digital.

1. Seja paciente

Embora seja possível enviar, entre reuniões de trabalho e chamadas, um e-mail ao professor, lembre-se de que o trabalho dele envolve estar à frente dos alunos. Você prefere que o professor esteja atento aos alunos ou a responder a e-mails o dia todo? Então, se enviar um e-mail, lembre-se de que o professor poderá não ver logo ou não ter tempo para responder imediatamente.

2. Siga as regras.

Não dificulte enviando o seu filho para a escola com dispositivos móveis quando eles são proibidos. Apesar das boas intenções, provavelmente criará um problema na sala de aula. Você pode ter um bom motivo, como um problema familiar urgente ou um problema de saúde específico. Se você precisar de uma exceção, pergunte primeiro à escola.

3. Deixe, se possível, ser o professor a escolher o modo de comunicação.

A comunicação será muito mais fácil e mais amigável, pois você a tornará o mais simples possível para o professor. Respeite as suas preferências de comunicação. Se eles preferem mais o e-mail do que o telefone, é por e-mail. Obviamente, há momentos em que apenas o contato pessoal é apropriado, mas tente seguir as preferências do educador sempre que possível.

4. Ajude, se possível.

Os professores podem  não conseguir manter todos os espaços digitais. Você é experiente em tecnologia? Se o professor aceitar a sua ajuda, você poderá atualizar a página ou o blog da turma. O seu apoio não é apenas um gesto amigável – ele pode ajudar toda a turma.

5. Seja exemplo nos limites.

Às 23h da noite anterior ao fim do prazo de um trabalho, não é o momento apropriado para enviar um e-mail a um professor e, certamente, não é o momento de esperar uma resposta imediata.

Se o seu filho não anotou a tarefa de casa, ele não consegue contatar com um colega de turma?

O seu filho não deve criar o hábito de enviar um e-mail para o professor em vez de anotar as coisas ou aprender a pesquisar os assuntos.

6. Mantenha-se profissional: não faça amizade com o professor nas redes sociais e não se ofenda se o professor não aceitar o seu pedido.

Se  já está conectado ou faz parte das mesmas comunidades digitais não envie uma mensagem para o professor. Quando o seu filho deixar de ser seu aluno, deixe ser o professor a tomar a iniciativa, caso pretenda, de se conectar consigo. Se  tiver o número de telefone pessoal de um professor (talvez ele tenha telefonado para si para discutir alguma coisa), não o use, a menos que o professor o solicite explicitamente ou seja um assunto mesmo urgente. Deixe uma mensagem na escola, envie um e-mail ou use o sistema de gestão da aprendizagem da escola.

7. Assuma boas intenções.

A menos que haja fortes evidências em contrário, confie que as intenções do professor são boas. Se um professor não responder a um e-mail, ele pode estar com uma montanha de testes para corrigir, lendo o trabalho do seu filho ou jantando com a família. Assumir boas intenções ajuda bastante.

Novas tecnologias e novas oportunidades de comunicação podem ser muito benéficas para a colaboração de pais e professores – se lidarmos com elas com cuidado. É mais fácil para o professor colaborar consigo para resolver problemas quando abordamos a comunicação de maneira profissional e empática.

 

Texto publicado no site Cool Mom Tech, traduzido e adaptado de forma livre para português por  Parentalidade Digital.

Como explicar aos seus filhos os discursos de ódio nas redes sociais

Discurso de ódio - twitter

Este é um texto escrito por Jennifer Hanley e publicado no site do Family Online Safety Institute. Nele, a autora mostra como podemos conversar com os nossos filhos sobre os discursos de ódio cada vez mais presentes nas redes sociais.

Explique os valores da vossa família, e as opiniões que vocês, como pais, não acreditam ou não toleram.

Reconheça que existem pessoas que não defendem os mesmos valores que a sua família ou mesmo que a maioria das pessoas, e que essas opiniões são muitas vezes vezes expressas online em comentários cheios de ódio, com o objectivo de atingir pessoas, por causa da sua raça, género, religião, orientação sexual ou deficiência. Diga ao seu filho que posts como estes podem parecer piores do que realmente são, e que a maioria das pessoas não partilha da mesma opinião. Reitere que essas publicações cheias de ódio vão contra os vossos valores.

Eduque os seus filhos e ajude-os a desenvolver o pensamento crítico, para que possam distinguir entre fontes online legítimas e aquelas que podem ter visões extremistas. Compartilhe exemplos de fontes que você acharia confiáveis ​​e o porquê. Lembre-os de que, para serem bons cidadãos digitais, eles precisam exercer os seus direitos e responsabilidades online, da mesma maneira que o fazem offline.

Prepare os seus filhos para que eles saibam o que fazer se encontrarem material ou discursos perturbadores. Se os seus filhos são pequenos, diga-lhes que, se virem esse tipo de conteúdo, devem-lhe mostrar e falar consigo. Se forem mais velhos, pergunte-lhes se sabem como usar as ferramentas disponíveis nas redes sociais. Informe-os sobre as opções e os passos a seguir se eles virem um discurso do ódio publicado online.

Ensine-os a silenciar ou bloquear aqueles com visões extremistas, ignorar os posts se assim escolherem, ou se eles se sentirem incomodados por coisas que estão a ver visando pessoas ou grupos podem falar consigo sobre isso e tomar medidas para denunciar o comportamento abusivo a uma rede social. Certifique-se de que os seus filhos sabem agir de forma responsável, de modo a que não compartilhem, gostem ou encaminhem posts que visam  insultar pessoas ou grupos.

Concentre-se nos aspectos positivos do que está online. Mostre-lhes como, em tempos difíceis, muitas pessoas também podem usar a Internet como uma plataforma para o bem, juntarem-se para parar o discurso de ódio ou unirem-se em torno de algo positivo. Por exemplo, uma citação positiva pode ser viral e pode ser inspiradora para o seu filho. O tweet do presidente Obama, que cita Nelson Mandela e a falar sobre ódio, é agora o tweet com mas gostos da história do Twitter e mensagens como essa podem ser estimulantes para o seu filho ver. Mostrar-lhes que há muitas vozes online que se unem para enfrentar o conteúdo odioso pode ser uma lição poderosa.

A lição mais importante é iniciar o diálogo o mais cedo possível para que os seus filhos tenham habilidades para pensar de forma crítica sobre o que eles vêem, saber como reagir se eles se depararem com um discurso de ódio e sentirem-se capacitados para tomarem medidas para difundir uma mensagem positiva. Certifique-se de que os seus filhos sabem que podem conversar consigo sobre o que eles poderão ver online e como isso os faz sentir, para que possam responder ou refletir juntos. Essas conversas permitirão que os seus filhos sejam melhores cidadãos digitais e ajudá-los-ão a tomar medidas positivas e responsáveis ​​quando enfrentarem um discurso de ódio online.

Trump discurso de ódio

Alguns recursos úteis:

Google – formulário para remover conteúdo

Facebook – informações sobre o relatório de conteúdo abusivo, incluindo discurso de ódio

Instagram – diretrizes da comunidade com informações sobre discurso e relatórios de ódio

Twitter – política de conduta odiosa e como denunciar conteúdo abusivo

YouTube – relatar discurso de ódio

Texto traduzido, de forma livre, por Parentalidade Digital

Como tirar os seus filhos da frente de um ecrã sem começar uma guerra

Pai e filha a ver o computador

Costuma lutar com os seus filhos para os tirar da frente de um ecrã? Isso geralmente termina em lágrimas (deles e suas)? Como tantos outros pais, eu costumava avisar os meus filhos.

“Mais cinco minutos, depois vamos jantar!” Gritava eu da cozinha.

Este aviso normalmente era ignorado.

Cinco minutos depois, eu caminhava para a sala e desligava a televisão/ tablet/ computador, esperando que aceitassem silenciosamente e que todos tivéssemos um jantar de familia tranquilo.

Resultado: choros, birras, jantar frio, cabelos brancos…

Percebi que algo estava errado. Algo estava errado na forma como eu estava a abordar o problema. Eu não conseguia descobrir o que poderia fazer para parar com os gritos repentinos no final de cada screen time (nota do tradutor: comecei por traduzir para tempo de ecrã. Mas mesmo em artigos técnicos em português mantém o termo inglês para indicar o tempo total que alguém passa em frente a um ecrã).

Eu queria encontrar uma maneira de desconectar suavemente os meus filhos do ecrã, de trazê-los de volta ao mundo real, sem colisões constantes e contusões ao longo do caminho (porque isso aconteceu quase todas as noites), mas eu não sabia como. Então, uma amiga deu-me a conhecer um pequeno truque de Isabelle Filliozat.

Isabelle Filliozat é uma psicóloga clínica especializada em parentalidade positiva. Ela é autora de muitos livros sobre educação infantil e uma autoridade sobre parentalidade gentil (gentle parenting) no mundo de língua francesa. De um dia para o outro, o meu mundo mudou. De repente, soube como lidar com o fim do screen time sem os gritos, as birras, o jantar frio ou os cabelos grisalhos.

Aqui está o método muito simples de Isabelle Filliozat para finalizar o screen time sem gritos.

A ciência por detrás do screen time

Alguma vez  faltou a eletricidade quando estavam mesmo para marcar um golo num jogo de futebol?

Ou a sua criança carregou no off  mesmo quando os protagonistas da comédia romântica finalmente se iam beijar?

Ou ficou sem bateria, quando ia matar o extra-terrestre  e ia subir de nível?

É difícil sair do estado de prazer, que é o que o screen time cria nos nossos cérebros. É difícil para os adultos. Para uma criança, pode ser terrível. Literalmente. Isabelle Filliozat explica o porquê:

Quando nós, seres humanos (não apenas crianças!) estamos absorvidos num filme ou a jogar um jogo de computador, estamos, mentalmente, em outro mundo. Os ecrãs são hipnóticos para os nossos cérebros. A luz, os sons, o ritmo das imagens colocam o cérebro em um estado de transe. Sentimo-nos bem  e  não queremos fazer mais nada. Nós não queremos que a situação mude.

Durante esses momentos, os nossos cérebros produzem dopamina, um neurotransmissor que alivia o stress e a dor. Tudo está bem – isto é, até que o ecrã seja desligado. Os níveis de dopamina no corpo caem rápido e sem aviso, o que, literalmente, pode criar uma sensação de dor no corpo. Esta queda nas hormonas, esse choque físico, é quando o “tempo de gritos” das crianças começa.

Não importa que nós, pais, sejamos bem claros que agora é hora de apagar o dispositivo electrónico. Afinal, discutimos e organizamos de antemão (“20 minutos!”), e / ou avisamos (“5 minutos mais!”).  Para nós, é claro e justo o suficiente, mas para a criança, não é.À frente de um ecrã, ela não está em estado de pensar dessa maneira ou de perceber essa informação.O seu cérebro está cheio de dopamina, recorda-se? Desligar o interruptor da televisão, para a criança, pode ser igual a uma dor física. Não está a dar-lhe literalmente uma bofetada na cara, mas é, neurologicamente falando, como ela pode estar a sentir.

Então, em vez de simplesmente carregar no botão de desligar, o truque é, entrar na sua zona.

O truque: construir uma ponte

Sempre que decidir que o screen time deve chegar ao fim, reserve um momento para se sentar ao lado do seu filho e entrar no seu mundo. Assista televisão com ele, ou sente-se com ele enquanto ele joga o seu jogo, massacrando extraterrestres no computador. Não precisa ser muito tempo, meio minuto é suficiente. Apenas compartilhe a sua experiência. Então, faça-lhe uma pergunta sobre isso.

“O estás a ver?” Pode funcionar para algumas crianças.

Outras podem precisar de perguntas mais específicas. “Então, em que nível estás agora?” Ou “Essa é uma personagem engraçada. Quem é?”

Geralmente, as crianças adoram quando os seus pais se interessam pelo seu mundo. Se eles estão muito absorvidos e não lhe ligam, não desista. Deixe-se estar com eles mais um momento e então faça outra pergunta.

Uma vez que a criança começa a responder às suas perguntas ou lhe diz algo que ela viu ou fez na tela, significa que está a sair do mundo de fantasia e a voltar para o mundo real. Ela está a sair do estado de transe e a voltar para uma zona onde está ciente da sua existência – mas devagar. A dopamina não cai abruptamente, porque construiu uma ponte – uma ponte entre onde ela está e onde você está. Podem começar a comunicar, e é aí que a magia acontece.

É nesse momento que pode começar a dizer ao seu filho que é hora de comer, de ir tomar banho ou simplesmente que a hora de televisão já acabou. E graças aquele minuto de flexibilização, o seu filho estará  num espaço onde pode ouvir e reagir ao seu pedido. Ele pode até, suavemente, voltar ao mundo real, e está tão feliz com a atenção dos pais que ele próprio quer desligar a televisão / tablet / computador.

Para mim, o simples compreender do que está a acontecer na mente dos meus filhos ajuda-me a lidar com o final do screen time muito melhor do que antes. Nem sempre é tão suave quanto eu quero, mas não voltamos a ter um incidente com berros desde que descobri o pequeno truque de Isabelle Filliozat.

Não acredite apenas na minha palavra, vá e experimente você mesmo

Da próxima vez que o seu filho estiver sentado à frente de um ecrã e você quiser terminar, tente isto:

  • Sente-se com ela por 30 segundos, um minuto ou mais, e simplesmente assista o que ela está assistindo / fazendo.
  • Faça uma pergunta inocente sobre o que está a acontecer na tela. A maioria das crianças adora a atenção dos seus pais e fornecerá respostas.
  • Uma vez que criou um diálogo, você criou uma ponte – uma ponte que permitirá que o seu filho, na sua mente e corpo, passe do ecrã de volta ao mundo real, sem hormonas em queda livre e, portanto, sem crise .
  • Aproveite o resto do vosso dia juntos.

Artigo de Anita Lehmann com tradução livre de Miguel Tinoco.

Eu não partilho fotos dos meus filhos nas redes sociais e vocês também não deveriam!

Bebé com logotipo do facebook na bochecha

Não partilhar fotos dos seus filhos nas redes sociais.

Esta seria a unica regra que deveria cumprir. Simplesmente, não partilhar qualquer imagem dos seus filhos nas redes sociais. Existem muitas razões para não o fazermos mas, vou enumerar apenas 2 que deverão ser suficientes para o justificar:

  • Segurança dos nossos filhos. A internet não é uma dimensão alternativa onde todos são boas pessoas. A internet é utilizada por redes de pedofilia, roubo de identidade ou rapto. Quando menos informação for partilhada menor a sua capacidade de cometer crimes.
  • Direito a ter a sua imagem salvaguardada. O que é publicado na internet  dificilmente desaparece e a criança quando cresce deve ter o direito de não ter a sua vida toda publicada. Muitas vezes as crianças são alvo de bullying resultado de fotografias ou comentários que os pais partilharam. Mesmo os adultos envolvem-se nesta forma de bullying digital. Há grupos de Facebook que se divertem  com as partilhas de outros pais.

Infelizmente, sofremos todos do Síndroma das Redes Sociais. Cada vez que temos uma novidade, um novo pensamento,fotografia ou dúvida (existencial ou não), lá vamos nós a correr até à nossa rede social preferida!

Eu sei que temos orgulho dos nossos filhos, das suas conquistas, da sua inteligência, da sua graça, mas o não partilharmos no facebook  não nos torna menos orgulhosos.

Dito isto, e sabendo que vão continuar a partilhar fotografias dos vossos filhos nas redes sociais, deixo a sugestão de algumas imagens que não deverá partilhar:

Informação pessoal

Esta parece bastante óbvia mas há quem não a siga. Não partilhe datas e locais de nascimento, telefones ou moradas. Não publique fotografias que identifiquem a escola, a casa ou locais que normalmente frequenta.

Imagens de grupo

Não pode tomar a decisão, pelos outros pais, de publicar a fotografia dos seus filhos nas redes sociais. Certifique-se que tem autorização para publicar qualquer foto do seu filho a brincar com outras crianças.

Hora do banho

Não partilhe fotografias onde o seu filho apareça totalmente ou parcialmente nu. O que você pode pensar que é um momento querido pode ser aproveitado por redes de pornografia infantil. De acordo com a Comissão Australiana de Segurança das Crianças na Web, mais de metade das fotos encontradas em sites de pedofilia foram retiradas das redes sociais dos pais.

O mesmo se aplica a fotografias do seu filho no bacio ou noutra situação embaraçosa. Qual acha que será a reação do seu filho quando chegar a adolescente e vir, numa qualquer rede social, uma imagem dele a fazer cocó.

Quando estão doentes

É nosso dever, como pais, proteger os nossos filhos, ainda mais quando estão numa situação mais vulnerável.  Você gostaria que toda a gente soubesse quando está doente? Possivelmente, não. Esta é uma pergunta que poderá fazer quando pensar partilhar alguma coisa dos seus filhos: eu gostaria de ser visto nesta situação?

Envergonhar como castigo

Há pais que colocam nas redes sociais fotografias dos seus filhos a fazer alguma asneira ou videos do castigo que lhe foi dado, apenas com o objectivo de os envergonhar. O que muitos consideram “castigo criativo” é na realidade uma prática que pode ter consequências graves nas crianças. Numa primeira fase viola a confiança que deve existir entre pais e filhos. Numa fase posterior, poderá mesmo causar stress pós-traumático, depressão e ansiedade.

 

Fontes:

“Sharenting: Children’s Privacy in the Age of Social Media”, Stacey B. Steinberg

“Don’t Share Photos of Your Kids on Facebook”, Ioana Rijnetuh, Heimedal Security

“Why You Shouldn’t Post These 8 Photos of Your Kids on Social Media”, Melissa Willets

“The True Effects of Parents Shaming Their Kids Online”, Melissa Willets